Septimus
80 anos. 80 longos anos se passaram, desde o casamento de Kystys com Van. Eles tiveram seis lindos filhos, todos meninos. Os filhos eram: Girthaleas, Hesthor, Nairsizin, Loki, Flashnk e Astha. Era uma noite de comemoração, pois Astha havia nascido. Havia muita festa na nobre casa dos Phytaghoras. Depois daquela noite, silêncio total. Van estava escrevendo um livro sobre a história do Machado Sangrento (que já havia perecido aos pés dos elfos e dos humanos). Então, em uma noite dois anos após o nascimento de Astha, Kystys foi até Van e disse:
- Van, estou, novamente, esperando um bebê.
- Nossa! Você deve estar cansada! – brincou ele – Ah to brincando – acrescentou ao ver a cara dela – Que bom! Mas... Pelos meus cálculos, é o sétimo filho!
Nesse momento, a cara de Van congelou.
- Eu sou sétimo filho! Nosso filho é... Vai ser... Muito poderoso!
- Mas... Eu também sou – lembrou Kystys. E, nesse momento, ela se lembrou de seus irmãos, daí lembrou-se de seus pais, e daí lembrou-se do enigma ainda não decifrado de Shadevalyr. Então, perguntou a Van:
- Van, será que você seria capaz de decifrar um enigma para mim? – perguntou ela, tentando fazer voz de indiferente.
- Claro, acho que posso tentar, mande. – respondeu ele.
- “Lá o sol não nasce nem se põe, pois coberto pelas nuvens o lugar é. Se olhar ao longe, nada verá, pois profundas as cavernas de névoa são” – recitou ela.
- Hum, é a respeito de que? – perguntou ele.
- Um lugar – respondeu ela.
- Hã, não tenho certeza. Tem vários lugares que combinam com isso.
Levando essa decepção consigo, após 13 meses, a criança nasceu. Treze meses era demais, e Kystys a princípio se assustou, mas Van apenas disse:
- É a magia dele, vai entender. – e se riu.
Dele, pois era menino. Os dois agora estavam na “sala de parto” que haviam montado e lá deixado para alguma eventualidade. Todos os irmãozinhos da criança estavam amontoados ao redor da cama.
- Que nome vamos dar a ele? – perguntou Van.
- Eu gosto de... Zet? – propôs ela.
- Nãh... Que tal Faraway?
- Oh, não!
- Septimus! – gritou Astha.
- Astha! Boa idéia! Septimus! Gostei! – disse Van.
- Bem, eu também! Quem está de acordo? – brincou ela.
Assim, todos foram comemorar com uma grande festa o nascimento do bebê. Como sempre aconteceu nos partos.
129 anos
- Ah, Septimus, dá um tempo! – dizia Loki.
- To te dizendo, mano! – exclamou Septimus
- Então faz aí pra eu ver! – desafiou Loki.
- Pois faço mesmo, onde vai ser o alvo? – aceitou Septimus.
- Hum, aquele alvo que eu fiz, novinho, só quero ver! – riu-se Loki.
- Tudo bem, mas depois não me venha com choro! – Desdenhou Septimus.
Septimus, então, mirou bem no centro do alvo, como se estivesse com um arco com uma flecha preparada. De repente, um arco prateado e brilhante surgiu nas mãos dele e uma flecha se projetou. Então, Sep disse, em élfico antigo:
- Flecha de Pena!
Imediatamente, a flecha ganhou um brilho cegante e voou em direção ao alvo, que explodiu com o impacto. Pedaços de madeira se espalharam pelo piso, e Loki, pasmo, olhava para Septimus.
- Eu... O que... Você... Alvo... Flecha... Bum... Hã? – balbuciava.
- Cinco moedas de ouro, prazo até amanhã – cobrou Septimus, batendo no ombro do irmão. Septimus estava com muito orgulho de, logo na primeira vez, conseguir usar as Flechas de Pena com perfeição. Mas agora ele tinha que sair para praticar o seu voo, que estava sempre melhorando. Voou por algumas horas, a conhecida brisa das Plumas batendo no seu rosto.
Quando voltou para casa, sua mãe estava sentada, chorando, em uma cadeira, no quarto de Septimus.
- Mãe?
- Septimus! Ah, Septimus! Venha cá! – pediu ela.
Ele foi e ela pediu para ele se sentar e ele o fez. Kystys acariciou o seu rosto e disse:
- Seu pai e seus irmãos sumiram! Ninguém os viu, saindo ou entrando, da Cidade ou de casa.
Seu choro era alto, mas não havia ninguém por perto para escutar que não ele.
- Escute Septimus – continuou ela – Tenho idéia do que esteja acontecendo, mas nem eu sei toda a verdade. Seus avôs sabem.
E ela contou a história de Shadevalyr e tudo o que ele havia contado a ela. Septimus se surpreendeu quando ouviu:
- Septimus, quero que você encontre seus avôs.
E ela recitou o enigma.
- Só você – continuou – Tem a inteligência e poder inteligente para embarcar nessa saga!
- Mas mãe, estarei sozinho?
- Sim, filho, provavelmente eu...
Mas ele nada mais pôde ouvir de sua mãe, porque ela havia desaparecido em meio ás sombras. Sozinho, Septimus pensou, pensou e pensou. Nada. O que havia acontecido? Seria o susto que o impedia de pensar? Por que sua mãe havia sumido? Para encontrar as respostas para aquelas perguntas, ele devia treinar sua magia, seu voo, e seu cérebro para desvendar o enigma e achar seus avôs, e, mais tarde, seus pais e irmãos. Saiu de casa, vagando pela rua, a meia-noite, Shadevalyr brilhando em algum lugar distante. Sabendo disso, Septimus abriu as asas, voou 2 metros e disse:
- Agora, sei voar. Vou vagar pela noite. Eu, Septimus O Anjo da Noite.
Fim =p