Capítulo 1 – Os Irmãos
Aerhelyr caminhava pelas geleiras. Estava um frio horrível. A visão que tinha era de um lago – não congelado – e várias... Geleiras. Não sabia exatamente onde estava, mas estava no topo de uma montanha.
Aparentemente, o Terceiro Anel estava ali, escondido em algum lugar esperando seu mestre. Mal sabia Aer que desta vez não seria tão fácil achá-lo. Tinha o Primeiro, que achou onde o livro dizia estar, através de uma charada. Também tinha o Segundo, obtido por um golpe de sorte na Ilha Perdida, cuja localização era dita no livro. Agora estava em busca do Terceiro, que estava realmente difícil de achar, por causa da neve.
E foi exatamente nessa parte que uma névoa surgiu. Não uma névoa comum. Oh não. Uma névoa... Escura. Não era fumaça. Era apenas uma névoa estranhamente escura. Aerhelyr desembainhou sua espada e perguntou:
- Quem está aí?
Uma risada veio como resposta, e atingiu sua mente como um torpedo. Sabia de quem era aquela risada, já a tinha ouvido antes, mas sabia ainda mais que ela não era amistosa. E então, Aerhelyr começou a ver vultos deslizando em meio a nevoa. Aerhelyr começou a suar frio, o que era estranho, visto que poucas coisas o causavam medo. Respirando fundo e guardando as espadas, ele finalmente entendeu.
- Demorou demais a aparecer, qual é realmente o motivo dessa brincadeira, posso saber? – disse ele.
Então, os vultos se revelaram. Na verdade, era “O” vulto. Sim, era apenas uma pessoa. Uma, mas perigosa.
- Ora, irmão, já se passaram muitos anos desde a Queda da Lâmina, e nunca mais te vi, então resolvi te procurar – disse o homem, que agora revelara a sua figura.
O homem era alto, tinha cabelos negros, era moreno, e seus olhos estavam vermelhos, mas na verdade, eram verdes.
Ao ver os olhos vermelhos do homem, Aerhelyr ficou temeroso. “Oh não” pensou ele “Estou ferrado, preciso arranjar um jeito de sair daqui AGORA”.
- Oh, pelo visto você notou meu irmãozinho – disse o homem.
- Você não é meu irmão, não mais, Arghoz – respondeu Aer.
- Ora, qual é o seu problema, está com medo disso? – indagou Arghoz, e mostrou uma lâmina negra, com detalhes cor de sangue.
Aerhelyr olhou temeroso para ela, como se dela saltassem várias cobras que o picariam até ele parecer um formigueiro, ou um queijo suíço.
- Não tenho medo dessa droga – disse Aerhelyr, afastando a lâmina com suas espadas.
- Deveria ter, irmão – disse Arghoz, de costas para Aer – Porque são elas que vão ver se seu sangue tem gosto bom – e dito isso, Arghoz deu um mortal, aparecendo atrás de Aer e o golpeou. Aer se virou e bloqueou o ataque, e viu que agora os olhos de Arghoz brilhavam como nunca.
Aerhelyr tentou o golpe Maré Crescente, mas todas as suas investidas foram bloqueadas, mas uma coisa deu certo: Arghoz ficou furioso. Arghoz investiu com o Dragão Repentino, e acertou Aerhelyr no estômago. Aerhelyr caiu, a poucos centímetros do desfiladeiro. Aer se levantou e Arghoz agora apontava sua espada violentamente para ele.
- Últimas palavras irmão? – perguntou ele.
- Sim – respondeu Aer – Morra cão estígio.
E rapidamente Aer sacou de seu arco, colocou uma flecha e... O tiro voou diretamente na cabeça de Arghoz, matando-o.
Aerhelyr se deitou. Estava exausto e com uma ferida na barriga. Blizzard, que estava explorando, voltou bem na hora e curou Aerhelyr. E então percebeu uma coisa no corpo de Arghoz: o Terceiro estava lá. Rapidamente, Blizz o tirou o deu a Aer, que apenas falou:
- Obrigado, Blizz!
E voltou ao seu sonho onde o mundo era pacífico.